Páginas

wibiya widget

Meu Perfil

Minha foto
Natal, RN, Brazil
Quem sou Eu??? Ahhh....!!! Curiosa por natureza, gente fina (rs), com o riso meio frouxo, alguém feliz , mas sempre em busca de mais e mais! Tudo na minha vida tem seus extremos. Desde o tempero na comida até o sentimento. Tudo na minha vida precisa de mudanças, desde o móvel da sala até o rumo da própria vida. Eu gosto dessa "rotina imprevisível". Sabe...? Uns dizem que me conhecem, outros nem tanto, muitos só de vista, alguns lembram da minha risada, mas uns poucos têm acesso ao meu íntimo. Estou criando esse blog pra deixar gravado um pouco de mim! Deixar minha impressões e expressões. Fazer minha terapia. Desamarrar o nó da garganta, chorar minhas pitangas, minhas dúvidas e respostas, deixar um pedacinho da Flávia nesse mundo virtual. Não é um diário, nem a sala do psicanalista, este blog é parte de mim, do meu jeito, como eu quero. Como sou e gostaria de ser. Obrigada pela visitinha e se gostou ou não do que viu, deixe seu comentário!

TÁ EM DÚVIDA??? CONSULTE AQUI QUE É BOM PRA BURRO!

Corpo e Mente - Uma influência desde o útero

 
Antes da bioenergética propriamente dita, nasceu a terapia corporal pelas mãos do psicanalista húngaro Wilhelm Reich, ex-discípulo de Freud (o pai da psicanálise), que resgatou a importância do corpo para a compreensão das emoções e dos sentimentos. “Freud se preocupava com o que o paciente falava e Reich observava como ele falava, analisando sua respiração e expressão corporal”, diz o médico e psicoterapeuta Ricardo Amaral Rego, diretor do Instituto Brasileiro de Psicologia Biodinâmica.
Reich rompeu com a separação entre corpo e mente, tão comum nas terapias de então. Ele compreendeu que o que afeta o corpo repercute na mente, e vice-versa. Também passou a estudar como o corpo é regido e conduzido por uma energia que ele batizou de orgônio – conhecida por ch’i na medicina tradicional chinesa e por prana pelos hindus. O trabalho de Reich era inovador para a psicanálise e para a sociedade ocidental, pois defendia que a vitalidade dessa energia contribui para o bem-estar do ser humano. Empolgado, ele mergulhou em pesquisas para descobrir a origem dessa energia e deixou aberto o campo para estudos da correlação mente/corpo. “Nesse vácuo, Lowen, ex-paciente e aluno de Reich, encontrou espaço para sistematizar o trabalho do mestre”, explica o psicoterapeuta Rubens Kignel, de São Paulo. 
Lowen partiu do princípio de que a boa relação entre corpo, mente e energia é a base para uma vida plena. Na prática, se a pessoa está triste devido a uma perda, ela se sente enfraquecida para reagir porque o organismo não produz a energia de que ela precisa para se animar. Por isso, o terapeuta acredita ser difícil alguém deprimido ficar bem e pensar positivamente se seu nível de energia estiver baixo. Aí entra a análise bioenergética: para resolver o descompasso.
A fórmula conta com um equilíbrio na equação mente/corpo/energia, com base no estudo dos estados emocionais e energéticos do corpo.
Numa sessão de bioenergética, além de conversar como em qualquer outro tipo de psicoterapia, o terapeuta pede que o paciente faça alguns exercícios físicos. O objetivo é destravar tensões musculares – geradas por estresse, tristeza, ansiedade e problemas psicológicos – e levar a pessoa a respirar livremente, já que a emoção interfere no fluxo respiratório. “Por conta dos seus problemas emocionais, um paciente pode aprisionar a respiração, isto é, entrar num padrão de inspirações e expirações curtas e apressadas, que tensionam os músculos e distanciam o indivíduo do contato com o seu corpo”, afirma Liane Zink, diretora do Instituto Brasileiro de Análise Bioenergética, ex-aluna de Lowen. Os exercícios da bioenergética colaboram para a respiração fluir novamente. 
O resultado da terapia é um ser humano mais integrado consigo mesmo, seus desejos, sua verdade e, conseqüentemente, mais presente em tudo o que acontece na vida. “Diminui aquela sensação de estar sendo levado pelos acontecimentos, de viver no piloto automático”, considera Rubens Kignel. Essa consciência é trabalhada por meio do conceito de grounding (o fundamento mais importante da bioenergética), que significa “estar enraizado”. Para sentir o corpo enraizado, Lowen desenvolveu exercícios (veja quadro) que mesclam respiração e posturas. “Após esses exercícios, a pessoa percebe que está inteira numa relação – seja ela amorosa, de trabalho, com os filhos ou com seus valores. O grounding pode mostrar os medos do paciente, fazendo-o enfrentálos”, explica Liane.
Estar cheio de vida e energia é a idéia loweniana de saúde física e mental. Manter essa ligação dá ao ser humano a possibilidade de se expressar livremente e alcançar a graciosidade. Afinal, como o pai da bioenergética diz: “Na ausência do sentir, o movimento se torna mecânico e as idéias se tornam abstrações”. Se é verdade que alguns distúrbios diminuem a graça do corpo e debilitam sua saúde, também é fato que o resgate dessa graça recupera o bem-estar. “O paciente aprende a estar com o melhor de si e a aceitar que existem incompletudes, mas que é possível viver em harmonia assim”, afirma Kignel.

Outro aspecto das terapias corporais é a Biossíntese. Com base no estudo do desenvolvimento do feto na década de 1970, o pedagogo e psicoterapeuta inglês David Boadella entendeu a influência que o feto recebe da mãe e do meio ambiente e concebeu dois conceitos fundamentais da biossíntese – o útero receptivo e o útero rejeitador ao bebê. Dependendo de como foi a relação mãe/feto, o bebê pode se tornar um adulto receptivo ou rejeitador a pessoas, situações e desafios da vida. “Boadella também desenvolveu conceitos de movimento e postura. Cada uma delas está ligada a situações de abrir-se e fechar-se a si e ao mundo”, explica o psicoterapeuta Rubens Kignel.
Independentemente da linha, o fato é que as terapias corporais se mostram muito úteis para levar o homem a olhar mais para seu corpo e compreender que o bem-estar físico e mental são unos e uma valiosa ferramenta para o entendimento de si próprio.

Nenhum comentário:

Related Posts with Thumbnails