Lenda???
Que nada!!!
É o Rio de Janeiro!
E quem disse que lá é cidade sem lei???
A lei é a do tráfico.
O poder vigente (por agora) é o do tráfico.
E sabe o que é pior?
Quem "trabalha" para esse grupo é de extrema burrice!
Alguns são usuários, outros são traficantes, a maioria mora em comunidades e dão a vida em nome desse "trabalho". Acham que é "a oportunidade"!
Pois quem financia a grande empresa nem neste país mora!
Está nos Estados Unidos, na Europa, em uma de suas mansões ou por aí em algum dos seus carros de última tecnologia.
Gente besta essa que dá a vida pelo mundo do tráfico.
Seguem direitinho o slogan: Do pó viemos, pelo pó vivemos e ao pó voltaremos.
E metade desses contribuintes (usuários e/ou traficantes de pequena escala) são filhos dos mesmos que estavam na piscina de uma daquelas mansões ou desfilando num carrão.
Olha o resultado de um desses trabalhadores, coisa que aliás é rotina no Rio, só não é divulgado nos jornais:
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Foto de Parazão antes... |
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Foto de Parazão depois! |
Chocou-se com meu post?
Os cariocas apesar de tristes, desiludidos, indignados, cansados, sem esperanças... também estão chocados, mas ao mesmo, acostumados, senão é impossível (sobre)viver lá.
Obs.: eu me dou ao direito de falar sim, pois também sou carioca, eu me dou ao direito de estar indignada me envorgonhar do último post meu sobre Rio 2016, e de achar que não vão resolver numa cidade um problema que existe no mundo todo: drogas e violência.
Olho por olho, dente por dente.
Voltamos à Era Medieval, onde o troféu era uma cabeça!
Abaixo segue um relato de uma repórter num dia comum de trabalho:
Quinta-feira, 4 Novembro, 2010
"Sei quem matou não, mas 'geral' viu a cabeça dele pela favela"
Ontem (quinta-feira) passava das 12h50. Eu esperava o presidente da Associação de Moradores do Morro da Serrinha vir me buscar para entrar na comunidade e fazer uma matéria lá no alto quando sou parada por um morador:
"Aê, quer comprar uma foto da cabeça
do Parazão?",diz o morador.
" O Parazão morreu? Agora? Quando?".
"Ontem à noite. Sei quem matou não, mas 'geral' viu a cabeça dele pela favela".
" Traz a foto para eu ver".
O morador então segue em busca da foto para ver se eu me interessava.
" O Parazão morreu? Agora? Quando?".
"Ontem à noite. Sei quem matou não, mas 'geral' viu a cabeça dele pela favela".
" Traz a foto para eu ver".
O morador então segue em busca da foto para ver se eu me interessava.
Pouco depois das 13h recebo uma ligação da redação dizendo que haviam acabado de receber uma denúncia sobre a morte do Parazão. Contei a conversa com o morador e disse que era possível que o boate procedesse e que veria a foto para confirmar. Resolvo ligar mais uma vez para o comandante do 41º BPM (Irajá), o tenente coronel Alexandre Fontenelli, para saber como estava a atuação da polícia no alto da favela e novidades relevantes sobre a guerra pelo controle de vendas do tráfico que acontece há um mês. Conversando com o comandante falávamos justamente da noite e manhã tranquilas vividas pelo bairro quando ouço um tiro. Dois tiros de pistola e digo: ouviu?! acabei de ouvir um tiro.
" Nossos policiais estão aí", perguntou o comandante
"Acho que é um assalto...", eu disse.
"Acho que é um assalto...", eu disse.
Ao correr para saber do que se tratava a ligação cai. Corro, pelo canto da parede, na direção dos tiros e percebo, ao mesmo tempo em que tento retornar a ligação para o comandante, um motorista saindo do carro em direção a um comércio. Pedestres faziam o mesmo. Um caminhão que entregava bebidas foi abandonado na pista, impedindo, inclusive a minha visão para o outro lado. Vi, então, os criminosos entrando numa blazer que já se distanciava. O comandante atende:
" Uns bandidos acabaram de passar atirando do meio da Edgar Romero para o Morro do Cajueiro", contei.
"Vou mandar uma viatura chegar isso agora", informou ele.
"Vou mandar uma viatura chegar isso agora", informou ele.
O comandante desliga ao mesmo tempo que consigo passar pelo caminhão parado. Ainda do outro lado da rua vejo a cabeça do Parazão que bandidos haviam acabado de tentar jogar na favela mas ela acabou caindo na via. E antes de continuar a minha apuração da selvageria para seguir para o alto da Serrinha, ligo para a redação:
"O boato procede. Achei a cabeça do Parazão. Está aqui do meu lado "
Fonte: Jornal O Dia On line
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