Vale a pena entrar no link do artigo do Jornal Nacional que está lá no final do texto, pois tem um vídeo do próprio médico relatando como é feito o exame e porque poucos estão habilitados para esse diagnóstico.
Médicos brasileiros desenvolveram uma nova técnica que se tornou
referência mundial para o diagnóstico da endometriose, uma das
principais causas de infertilidade. Só no Brasil, seis milhões de
mulheres têm a doença.
Foram várias idas a consultórios até Luciana descobrir que tinha
endometriose. “Uns dez médicos que eu procurei, quando fui na 11ª ela
descobriu a endometriose”, conta a psicóloga Luciana Diamante.
A endometriose é uma doença hormonal que ocorre quando o endométrio, o
tecido que reveste a cavidade do útero, não se dissolve totalmente na
menstruação. Partes dele se grudam no próprio útero, ovários e até no
intestino. A endometriose causa muitas cólicas e, se não tratada, pode
levar à infertilidade.
Um método desenvolvido aqui mesmo no Brasil vem ajudando os médicos a
diagnosticar a endometriose de forma mais rápida e simples. Basta um
aparelho de ultrassom e um profissional treinado para enxergar sinais da
doença.
A paciente toma um laxante meia horas antes do exame para esvaziar o
intestino. O método é bem diferente do que os médicos de todo o mundo
costumam adotar: a videolaparoscopia, cirurgia em que microcâmeras são
inseridas no abdômen na tentativa de diagnosticar a doença.
“Você não precisa fazer uma cirurgia para olhar como está a barriga da paciente. Nós fazemos o exame e dizemos para o cirurgião como ela está. Nós levamos aproximadamente dez anos para aprender a ter todo o know how sobre a doença, porque ela é muito complexa”, explica o médico radiologista Manoel Orlando da Costa Gonçalves.
“Você não precisa fazer uma cirurgia para olhar como está a barriga da paciente. Nós fazemos o exame e dizemos para o cirurgião como ela está. Nós levamos aproximadamente dez anos para aprender a ter todo o know how sobre a doença, porque ela é muito complexa”, explica o médico radiologista Manoel Orlando da Costa Gonçalves.
O assunto atraiu médicos de todas as partes do mundo ao Congresso Mundial de Endometriose, em São Paulo.
Mas ainda falta um bom caminho para o Brasil. A sociedade médica tenta
convencer o SUS a adotar o exame, que hoje já é feito de graça em alguns
hospitais universitários.
“A expectativa é que chegue o mais rápido possível. Nós temos tentado
estimular o governo brasileiro a treinar mais e mais pessoas para essa
técnica”, declara Mauricio Abrão, responsável pelo setor de endometriose
do HC.
O Ministério da Saúde informou que ainda não há prazo para que este exame seja oferecido na rede pública.
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