Meu Blog, Meu Divã
Aqui você encontra de tudo um pouco. E cada dia mais um pouquinho! Por onde ando e por onde andarei, sentimentos, perguntas, respostas, protestos. Só espero poder contribuir com a minha curiosidade, trazer reflexão por alguns instantes e contagiar com minha alegria!!! Seja Bem-Vindo e Obrigada pela Visitinha!
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Meu Perfil
- Flá
- Natal, RN, Brazil
- Quem sou Eu??? Ahhh....!!! Curiosa por natureza, gente fina (rs), com o riso meio frouxo, alguém feliz , mas sempre em busca de mais e mais! Tudo na minha vida tem seus extremos. Desde o tempero na comida até o sentimento. Tudo na minha vida precisa de mudanças, desde o móvel da sala até o rumo da própria vida. Eu gosto dessa "rotina imprevisível". Sabe...? Uns dizem que me conhecem, outros nem tanto, muitos só de vista, alguns lembram da minha risada, mas uns poucos têm acesso ao meu íntimo. Estou criando esse blog pra deixar gravado um pouco de mim! Deixar minha impressões e expressões. Fazer minha terapia. Desamarrar o nó da garganta, chorar minhas pitangas, minhas dúvidas e respostas, deixar um pedacinho da Flávia nesse mundo virtual. Não é um diário, nem a sala do psicanalista, este blog é parte de mim, do meu jeito, como eu quero. Como sou e gostaria de ser. Obrigada pela visitinha e se gostou ou não do que viu, deixe seu comentário!
TÁ EM DÚVIDA??? CONSULTE AQUI QUE É BOM PRA BURRO!
“Transformamos problemas cotidianos em transtornos mentais”
Allen Frances (Nova York, 1942) dirigiu durante anos o Manual Diagnóstico e Estatístico (DSM), documento que define e descreve as diferentes doenças mentais. Esse manual, considerado a bíblia dos psiquiatras, é revisado periodicamente para ser adaptado aos avanços do conhecimento científico. Frances dirigiu a equipe que redigiu o DSM IV, ao qual se seguiu uma quinta revisão que ampliou enormemente o número de transtornos patológicos. Em seu livro Saving Normal (inédito no Brasil), ele faz uma autocrítica e questiona o fato de a principal referência acadêmica da psiquiatria contribuir para a crescente medicalização da vida.
Pergunta. No livro, o senhor faz um mea culpa, mas é ainda mais duro com o trabalho de seus colegas do DSM V. Por quê?
Resposta. Fomos muito conservadores e só
introduzimos [no DSM IV] dois dos 94 novos transtornos mentais
sugeridos. Ao acabar, nos felicitamos, convencidos de que tínhamos feito
um bom trabalho. Mas o DSM IV acabou sendo um dique frágil demais para
frear o impulso agressivo e diabolicamente ardiloso das empresas
farmacêuticas no sentido de introduzir novas entidades patológicas. Não
soubemos nos antecipar ao poder dos laboratórios de fazer médicos, pais e
pacientes acreditarem que o transtorno psiquiátrico é algo muito comum e
de fácil solução. O resultado foi uma inflação diagnóstica que causa
muito dano, especialmente na psiquiatria infantil. Agora, a ampliação de
síndromes e patologias no DSM V vai transformar a atual inflação
diagnóstica em hiperinflação.
P. Seremos todos considerados doentes mentais?
R. Algo assim. Há seis anos, encontrei amigos e
colegas que tinham participado da última revisão e os vi tão
entusiasmados que não pude senão recorrer à ironia: vocês ampliaram
tanto a lista de patologias, eu disse a eles, que eu mesmo me reconheço
em muitos desses transtornos. Com frequência me esqueço das coisas, de
modo que certamente tenho uma demência em estágio preliminar; de vez em
quando como muito, então provavelmente tenho a síndrome do comedor
compulsivo; e, como quando minha mulher morreu a tristeza durou mais de
uma semana e ainda me dói, devo ter caído em uma depressão. É absurdo.
Criamos um sistema de diagnóstico que transforma problemas cotidianos e
normais da vida em transtornos mentais.
P. Com a colaboração da indústria farmacêutica...
R. É óbvio. Graças àqueles que lhes permitiram fazer
publicidade de seus produtos, os laboratórios estão enganando o
público, fazendo acreditar que os problemas se resolvem com comprimidos.
Mas não é assim. Os fármacos são necessários e muito úteis em
transtornos mentais severos e persistentes, que provocam uma grande
incapacidade. Mas não ajudam nos problemas cotidianos, pelo contrário: o
excesso de medicação causa mais danos que benefícios. Não existe
tratamento mágico contra o mal-estar.
P. O que propõe para frear essa tendência?
R. Controlar melhor a indústria e educar de novo os
médicos e a sociedade, que aceita de forma muito acrítica as facilidades
oferecidas para se medicar, o que está provocando além do mais a
aparição de um perigosíssimo mercado clandestino de fármacos
psiquiátricos. Em meu país, 30% dos estudantes universitários e 10% dos
do ensino médio compram fármacos no mercado ilegal. Há um tipo de
narcótico que cria muita dependência e pode dar lugar a casos de
overdose e morte. Atualmente, já há mais mortes por abuso de
medicamentos do que por consumo de drogas.
P. Em 2009, um estudo realizado na Holanda concluiu
que 34% das crianças entre 5 e 15 anos eram tratadas por hiperatividade e
déficit de atenção. É crível que uma em cada três crianças seja
hiperativa?
R. Claro que não. A incidência real está em torno de
2% a 3% da população infantil e, entretanto, 11% das crianças nos EUA
estão diagnosticadas como tal e, no caso dos adolescentes homens, 20%,
sendo que metade é tratada com fármacos. Outro dado surpreendente: entre
as crianças em tratamento, mais de 10.000 têm menos de três anos! Isso é
algo selvagem, desumano. Os melhores especialistas, aqueles que
honestamente ajudaram a definir a patologia, estão horrorizados.
Perdeu-se o controle.
P. E há tanta síndrome de Asperger como indicam as estatísticas sobre tratamentos psiquiátricos?
R. Esse foi um dos dois novos transtornos que
incorporamos no DSM IV, e em pouco tempo o diagnóstico de autismo se
triplicou. O mesmo ocorreu com a hiperatividade. Calculamos que, com os
novos critérios, os diagnósticos aumentariam em 15%, mas houve uma
mudança brusca a partir de 1997, quando os laboratórios lançaram no
mercado fármacos novos e muito caros, e além disso puderam fazer
publicidade. O diagnóstico se multiplicou por 40.
P. A influência dos laboratórios é evidente, mas um
psiquiatra dificilmente prescreverá psicoestimulantes a uma criança sem
pais angustiados que corram para o seu consultório, porque a professora
disse que a criança não progride adequadamente, e eles temem que ela
perca oportunidades de competir na vida. Até que ponto esses fatores
culturais influenciam?
R. Sobre isto tenho três coisas a dizer. Primeiro,
não há evidência em longo prazo de que a medicação contribua para
melhorar os resultados escolares. Em curto prazo, pode acalmar a
criança, inclusive ajudá-la a se concentrar melhor em suas tarefas. Mas
em longo prazo esses benefícios não foram demonstrados. Segundo: estamos
fazendo um experimento em grande escala com essas crianças, porque não
sabemos que efeitos adversos esses fármacos podem ter com o passar do
tempo. Assim como não nos ocorre receitar testosterona a uma criança
para que renda mais no futebol, tampouco faz sentido tentar melhorar o
rendimento escolar com fármacos. Terceiro: temos de aceitar que há
diferenças entre as crianças e que nem todas cabem em um molde de
normalidade que tornamos cada vez mais estreito. É muito importante que
os pais protejam seus filhos, mas do excesso de medicação.
P. Na medicalização da vida, não influi também a cultura hedonista que busca o bem-estar a qualquer preço?
R. Os seres humanos são criaturas muito maleáveis.
Sobrevivemos há milhões de anos graças a essa capacidade de confrontar a
adversidade e nos sobrepor a ela. Agora mesmo, no Iraque ou na Síria, a
vida pode ser um inferno. E entretanto as pessoas lutam para
sobreviver. Se vivermos imersos em uma cultura que lança mão dos
comprimidos diante de qualquer problema, vai se reduzir a nossa
capacidade de confrontar o estresse e também a segurança em nós mesmos.
Se esse comportamento se generalizar, a sociedade inteira se debilitará
frente à adversidade. Além disso, quando tratamos um processo banal como
se fosse uma enfermidade, diminuímos a dignidade de quem
verdadeiramente a sofre.
P. E ser rotulado como alguém que sofre um transtorno mental não tem consequências também?
R. Muitas, e de fato a cada semana recebo emails de
pais cujos filhos foram diagnosticados com um transtorno mental e estão
desesperados por causa do preconceito que esse rótulo acarreta. É muito
fácil fazer um diagnóstico errôneo, mas muito difícil reverter os danos
que isso causa. Tanto no social como pelos efeitos adversos que o
tratamento pode ter. Felizmente, está crescendo uma corrente crítica em
relação a essas práticas. O próximo passo é conscientizar as pessoas de
que remédio demais faz mal para a saúde.
P. Não vai ser fácil…
R. Certo, mas a mudança cultural é possível. Temos
um exemplo magnífico: há 25 anos, nos EUA, 65% da população fumava.
Agora, são menos de 20%. É um dos maiores avanços em saúde da história
recente, e foi conseguido por uma mudança cultural. As fábricas de
cigarro gastavam enormes somas de dinheiro para desinformar. O mesmo que
ocorre agora com certos medicamentos psiquiátricos. Custou muito
deslanchar as evidências científicas sobre o tabaco, mas, quando se
conseguiu, a mudança foi muito rápida.
P. Nos últimos anos as autoridades sanitárias
tomaram medidas para reduzir a pressão dos laboratórios sobre os
médicos. Mas agora se deram conta de que podem influenciar o médico
gerando demandas nos pacientes.
R. Há estudos que demonstram que, quando um paciente
pede um medicamento, há 20 vezes mais possibilidades de ele ser
prescrito do que se a decisão coubesse apenas ao médico. Na Austrália,
alguns laboratórios exigiam pessoas de muito boa aparência para o cargo
de visitador médico, porque haviam comprovado que gente bonita entrava
com mais facilidade nos consultórios. A esse ponto chegamos. Agora temos
de trabalhar para obter uma mudança de atitude nas pessoas.
P. Em que sentido?
R. Que em vez de ir ao médico em busca da pílula
mágica para algo tenhamos uma atitude mais precavida. Que o normal seja
que o paciente interrogue o médico cada vez que este receita algo.
Perguntar por que prescreve, que benefícios traz, que efeitos adversos
causará, se há outras alternativas. Se o paciente mostrar uma atitude
resistente, é mais provável que os fármacos receitados a ele sejam
justificados.
P. E também será preciso mudar hábitos.
R. Sim, e deixe-me lhe dizer um problema que
observei. É preciso mudar os hábitos de sono! Vocês sofrem com uma grave
falta de sono, e isso provoca ansiedade e irritabilidade. Jantar às 22h
e ir dormir à meia-noite ou à 1h fazia sentido quando vocês faziam a
sesta. O cérebro elimina toxinas à noite. Quem dorme pouco tem
problemas, tanto físicos como psíquicos.
Fonte: El País
Os materiais que não concordam com as leis da física
Auxéticos
Puxe um elástico e ele se tornará mais longo e mais fino. Faça isso com virtualmente qualquer outro material, e o fenômeno se repetirá. Por isso, até há pouco tempo os cientistas acreditavam que essa era uma "lei geral na natureza", que todos os materiais que se esticam, por decorrência se afinam.
Mas eles estavam enganados: surgiram pela frente alguns "materiais impossíveis", que engrossam quando esticados, ou que esticam quando comprimidos. Assim são os chamados materiais auxéticos, que prontamente se mostraram potencialmente muito úteis, por exemplo, para a fabricação de stents e outros dispositivos médicos para combater o entupimento de veias e artérias, além de materiais inteligentes para uso em robótica e na indústria aeroespacial.
Antes que todas essas possibilidades virem realidade, contudo, os cientistas precisam entender exatamente como esses materiais auxéticos se formam e se comportam, para que seja possível adequá-los a cada uso.
Isto agora ficou mais fácil, graças a um modelo desenvolvido por Ruben Gatt e seus colegas da Universidade de Malta.
Taxa de Poisson
A estrutura do modelo é representada por uma série de quadrados conectados, que a equipe chama de "subunidades rotativas rígidas". Quando esses elementos giram uns em relação aos outros, a densidade do material diminui, mas sua espessura aumenta. Isto explica a propriedade dos materiais auxéticos chamada "taxa negativa de Poisson", que os torna mais grossos num sentido quando são tensionados na perpendicular.
Usando o modelo, torna-se possível construir metamateriais auxéticos hierárquicos, que sejam mais versáteis em termos de suas propriedades mecânicas, que podem então ser ajustadas, controladas e variadas ao longo das suas dimensões.
"Com a perspectiva realista de propriedades mecânicas auxéticas ajustáveis [...] o potencial de aplicações destas novas estruturas de metamateriais, particularmente na área da biomedicina e catálise, torna-se verdadeiramente entusiasmante," disse o professor Anselm Griffin.
É claro que o mundo real é sempre mais complicado do que os modelos, mas a equipe já está produzindo seus protótipos usando unidades fabricadas por impressão 3D para testar a capacidade preditiva do seu
modelo matemático.
Veja mais em: Vídeos
Bibliografia:
Hierarchical Auxetic Mechanical Metamaterials
Ruben Gatt, Luke Mizzi, Joseph I. Azzopardi, Keith M. Azzopardi, Daphne Attard, Aaron Casha, Joseph Briffa, Joseph N. Grima Nature Scientific Reports
Vol.: 5: 8395
DOI: 10.1038/srep08395
Fonte: http://www.inovacaotecnologica.com.br/noticias/noticia.php?artigo=materiais-auxeticos&id=010160150306&ebol=sim#.VPtBlqDtp5g.blogger
Fonte: http://www.inovacaotecnologica.com.br/noticias/noticia.php?artigo=materiais-auxeticos&id=010160150306&ebol=sim#.VPtBlqDtp5g.blogger
Desistir ou Prosseguir???
PORQUE RAZÃO DESISTIMOS DOS NOSSOS OBJETIVOS?
Quando ainda era um jovem atleta,
iniciei-me nas corridas de corta-mato e estrada. Mas, revelo que não
tinha qualquer talento para as corridas de fundo e meio-fundo, o que
mais tarde se viria a comprovar com a minha paixão no salto em altura e
no qual consegui atingir alguns bons resultados a nível nacional.
Voltemos então às corridas de meio fundo, onde eu sempre que entrava em
competição passava por um calvário mental, uma luta entre a dor,
angustia e o orgulho de não desistir. Era um desconforto enorme que eu
sentia assim que se instalava o cansaço, as dores nas pernas e a
respiração ofegante e dolorosa. Depois, sempre que eu entrava neste tipo
de competição, acontecia algo de curioso, a minha mente era pródiga em
lembrar-me o quanto eu tinha sofrido na corrida anterior e rapidamente
se projetava uns quilómetros mais para a frente, para a meta. E assim,
abruptamente só pensava em parar.
Só pensava em chegar ao fim, só pensava
no momento em que eu iria parar assim que terminasse, que terminasse a
corrida e as minhas dores horríveis. A ideia que a minha dor poderia
terminar era tão incisiva que a minha capacidade para lhe resistir caía
drasticamente. Naturalmente, a quantidade de dor que eu estava sentindo
naquele momento não era pior do que a quantidade que eu sentia no
momento anterior. O que tinha mudado era a minha capacidade para lidar
com a dor. Porquê? Porque quando a minha mente começou a visualizar o
fim da corrida, deixou de conseguir gerir a dor que o meu corpo estava a
sentir, desviei o foco da minha atenção para onde não devia. Focando-me
na meta a minha capacidade de resistência à dor reduziu drasticamente.
Ainda assim, nunca desisti por 3 razões:
- Não me via como alguém que fosse capaz de desistir
- Gostava sempre de atingir aquilo a que me propunha
- O orgulho era maior do que a dor que sentia
FOQUE-SE NAS SUAS MOTIVAÇÕES PODEROSAS
Penso que este tipo de situações e
pensamentos por vezes também ocorrem noutras áreas da nossa vida. A
partir do momento em que nos propomos a um objetivo exigente, a um
desafio empolgante ou a mudar algo, inúmeras razões poderão surgir que
nos empurram para a dúvida e incerteza (por exemplo, o medo do fracasso,
medo do sucesso, a preguiça, falta de acreditar em nós mesmos, etc).
Uma maneira de pensar sobre o porquê de não desistirmos é que outras
motivações mais poderosas atraem a nossa atenção (por exemplo, o desejo
de melhorar o nosso nível de aptidão, reduzir o nosso nível de gordura,
ter prestígio, ganhar dinheiro).
A ideia de desistir só permanece na nossa mente enquanto existirem
razões para desistirmos, mas as probabilidades de desistirmos só
aumentam quando nos focamos na desistência.
Nós não acabamos por desistir de algo
porque enfrentamos muitos obstáculos ou por esses obstáculos serem muito
difíceis. Nós acabamos por desistir porque em determinadas situações
somos demasiado fracos. Na grande maioria da vezes não porque na
realidade o somos, mas principalmente por pensarmos que somos fracos.
Acredito firmemente, que o ponto de inflexão no qual não podemos mais
evitar prestar atenção na ideia de desistir, é o ponto em que as nossas
forças nos abandonam, e isto pode ser alterado. Nós podemos tornar-nos
mais fortes em algumas áreas da nossa vida ou perante determinadas
situações se desafiarmos a nossa fraqueza, mesmo que no inicio não
sejamos bem sucedidos. Aumentar a resiliência, física e mental, é um
processo árduo não linear. Ou seja, é um processo preenchido por avanços
e recuos, períodos de progresso e períodos de regressão. O que importa é
não desistir. A não ser que se comprove que a desistência é a melhor
opção. Mas, isto será sempre a excepção.
OS CONTRATEMPOS SÃO PARTE DA MUDANÇA DE MENTALIDADE
Todos nós, mais tarde ou mais cedo somos confrontados com contratempos na nossa vida. Existem razões para alguns de nós ficarmos paralisados nestas situações levando-nos à desistência. Apresento, 3 dos maiores obstáculos que promovem a desistência:- Você não antecipa as razões que o podem levar a falhar
- Você não antecipa formas de lidar com os contratempos
- Você não acredita que consegue mudar
Assim que você se proponha a mudar e comece a fazer alguns progressos, é provável que se depare com alguns contratempos.
Os contratempos fazem parte do processo para nos tornarmos mais
resilientes na vida. As mudanças não são acontecimentos lineares,
ocorrendo por vezes em 3 passos para a frente e 2 para trás. Os
resultados bem sucedidos são originados pelo foco contínuo nos passos
que damos em frente. Ao invés de usar os contratempos como desculpas
para desistir, use-os como oportunidades para aprender acerca do que não
funciona na sua vida e o que necessita de ser mudado. O fracasso é uma opção, mas o medo não.
Se você olhar para os
contratempos como experiências de aprendizagem, facilitará certamente a
preparação de um novo plano para evitar as dificuldade e seguir em
frente. Se olhar para os recuos e obstáculos como falhanços,
coloca-se no caminho da desistência. A melhor estratégia é tentar
perceber o que funciona. O que não funciona? Continue a fazer as coisas
que funcionam e analise novas abordagens naquelas em que não teve
sucesso. Faça alguma coisa que não tenha feito antes. Não desista do seu
objetivo, tente uma abordagem com uma perspectiva diferente. Em treino,
aos atletas, quando eles enfrentam algumas dificuldades na realização
de exercícios exigentes, e repetidamente falham, digo-lhes para
experimentarem fazerem o que lhes está a ser pedido de forma diferente,
para experimentarem novas formas, novos movimentos.
Existe uma diferença entre um lapso/recuso e uma recaída.
Um lapso pode ser definido por um breve retorno a um comportamento ou
atitude indesejável e uma recaída como um completo retorno para velhos
hábitos/atitudes, e/ou pensamentos. Se você fumar um cigarro, você não
deitou tudo a perder na sua intenção de deixar de fumar, mas se você
voltar a fumar um maço inteiro por dia, então sim, podemos dizer
que interrompeu o processo de mudança e desistiu do seu projeto de
desabituação tabágica. Se você recuar um pouco e por lapso tiver
comportamentos indesejados, desde que breves, pode usar isso para obter
informação acerca das situações que são mais tentadoras e/ou
incapacitantes e formular novas formas de lidar com os problemas em
futuros cenários.
TENTE, TENTE SEMPRE QUE LHE SEJA POSSÍVEL
O risco de tornar-se enraizado em
pensamentos auto-destrutivos, quando você é derrotado por si mesmo (ou
seja, optar por desistir), devemos perceber, que é muito maior do que
quando é derrotado por acontecimentos exteriores ou que não estão sobre o
seu controlo. Pode muito bem ser psicologicamente mais benéfico se você
se propuser a tentar novamente, esta atitude é bastante mais adequada,
do que entrar numa atitude de raciocínio desfavorável, enveredando numa
narrativa que o define como desistente e, portanto, merecedor de
insucesso.
Mas a auto-sabotagem é uma falsa narrativa.
Mesmo que falhe porque decidiu desistir, você pode tentar novamente.
Deverá relembrar-se constantemente que o fato de tentar, aumenta as
suas hipóteses de ignorar as vozes que ecoam na sua cabeça, dizendo-lhe
para desistir. Relembre-se sempre, que a chave para a vitória é a sua
força interior, e a chave para desenvolver essa força é tentar de novo,
não se agarrando aos fatores desculpabilizantes. Pense positivo, insista no pensamento positivo.
Algumas da razões pelas quais a
desistência na grande maioria das vezes tem um valor negativo e
desadequado foram apresentadas. Proponho-lhe que faça uma lista acerca
de novas formas de como lidar com os obstáculos e contratempos no
futuro. A seguir apresento uma lista construída com base em respostas de
pacientes em consulta clínica. Use-a para que o possa ajudar a
identificar as mudanças que quer fazer, e escreva alguma das razões que o
fazem pensar não conseguir vir a ser bem sucedido.
Apresento ainda uma “fórmula” para usar
na resolução de problemas. Pode usar estes passos para descobrir
soluções alternativas que não tenham sido apresentadas nos exemplos
anteriores:
-
Escreva os detalhes dos problemas ou contratempos mais significativos na sua vida. Passe a usar um registro que descreva detalhadamente as razões que encontra para o fato de não ter conseguido alcançar os resultados que desejava.
-
Soluções de brainstorming. Trabalhe com outras pessoas, medite, leia, mantenha uma mente aberta, escreva todas as alternativas que lhe passem na cabeça sobre como pode lidar com a situação.
-
Escolha várias soluções. Reveja as soluções, e foque-se naquela que lhe parece ser a melhor.
-
Implemente as soluções. Idealize um plano para a acção. Seja paciente e persistente até que obtenha os resultados que deseja.
-
Use a sua força de vontade para manter a sua atenção na finalização do resultado que deseja. Insista, persista, a persistência torna-se num hábito.
E aí??? Vai desistir???
Autor do texto: Miguel Lucas
Cada um vê o que lhe é conveniente...
Mas felizmente tem a capacidade de raciocinar e discernir o que é bom ou não para si
E só então dar um passo de cada vez
Pois ninguém pode dar o que não tem nem ser o que não é
Por isso, eu posso não concordar com sua postura ou opinião, mas sempre vou respeitar os seus limites de aprendizado.
Método menos invasivo para diagnóstico da Endometriose no Brasil
Vale a pena entrar no link do artigo do Jornal Nacional que está lá no final do texto, pois tem um vídeo do próprio médico relatando como é feito o exame e porque poucos estão habilitados para esse diagnóstico.
Médicos brasileiros desenvolveram uma nova técnica que se tornou
referência mundial para o diagnóstico da endometriose, uma das
principais causas de infertilidade. Só no Brasil, seis milhões de
mulheres têm a doença.
Foram várias idas a consultórios até Luciana descobrir que tinha
endometriose. “Uns dez médicos que eu procurei, quando fui na 11ª ela
descobriu a endometriose”, conta a psicóloga Luciana Diamante.
A endometriose é uma doença hormonal que ocorre quando o endométrio, o
tecido que reveste a cavidade do útero, não se dissolve totalmente na
menstruação. Partes dele se grudam no próprio útero, ovários e até no
intestino. A endometriose causa muitas cólicas e, se não tratada, pode
levar à infertilidade.
Um método desenvolvido aqui mesmo no Brasil vem ajudando os médicos a
diagnosticar a endometriose de forma mais rápida e simples. Basta um
aparelho de ultrassom e um profissional treinado para enxergar sinais da
doença.
A paciente toma um laxante meia horas antes do exame para esvaziar o
intestino. O método é bem diferente do que os médicos de todo o mundo
costumam adotar: a videolaparoscopia, cirurgia em que microcâmeras são
inseridas no abdômen na tentativa de diagnosticar a doença.
“Você não precisa fazer uma cirurgia para olhar como está a barriga da paciente. Nós fazemos o exame e dizemos para o cirurgião como ela está. Nós levamos aproximadamente dez anos para aprender a ter todo o know how sobre a doença, porque ela é muito complexa”, explica o médico radiologista Manoel Orlando da Costa Gonçalves.
“Você não precisa fazer uma cirurgia para olhar como está a barriga da paciente. Nós fazemos o exame e dizemos para o cirurgião como ela está. Nós levamos aproximadamente dez anos para aprender a ter todo o know how sobre a doença, porque ela é muito complexa”, explica o médico radiologista Manoel Orlando da Costa Gonçalves.
O assunto atraiu médicos de todas as partes do mundo ao Congresso Mundial de Endometriose, em São Paulo.
Mas ainda falta um bom caminho para o Brasil. A sociedade médica tenta
convencer o SUS a adotar o exame, que hoje já é feito de graça em alguns
hospitais universitários.
“A expectativa é que chegue o mais rápido possível. Nós temos tentado
estimular o governo brasileiro a treinar mais e mais pessoas para essa
técnica”, declara Mauricio Abrão, responsável pelo setor de endometriose
do HC.
O Ministério da Saúde informou que ainda não há prazo para que este exame seja oferecido na rede pública.
Propriedades e Benefícios da Quínua
TABELA NUTRICIONAL (100 Grs. de produto)
Aminoácidos (AA): Perfil de AA: %AA/100gr de proteínas:
Aminoácidos (AA): Perfil de AA: %AA/100gr de proteínas:
Aminoácidos | QUINUA | Trigo | Leite |
Histidina * | 4.6 | 1.7 | 1.7 |
Isoleucina * | 7.0 | 3.3 | 4.8 |
Leucina * | 7.3 | 5.8 | 7.3 |
Lisina* | 8.4 | 2.2 | 5.6 |
Metionina* | 5.5 | 2.1 | 2.1 |
Fenilalanina* | 5.3 | 4.2 | 3.7 |
Treonina* | 5.7 | 2.7 | 3.1 |
Triptofano* | 1.2 | 1.0 | 1.0 |
Valina* | 7.6 | 3.6 | 4.7 |
Ácido Aspártico | 8.6 | - | - |
Ácido Glutámico | 16.2 | - | - |
Cisterina | 7.0 | - | - |
Serina | 4.8 | - | - |
Tirosina | 6.7 | - | - |
Argina* | 7.4 | 3.6 | 2.8 |
Prolina | 3.5 | - | - |
Alanina | 4.7 | 3.7 | 3.3 |
Glicina | 5.2 | 3.9 | 2.0 |
VITAMINAS PERFIL EM 100 gr.:
- Vitamina B1 - 30 mg
- Vitamina B2 - 28 mg
- Vitamina B3 - 7 mg
- Vitamina C - 3 mg
- Vitamina E - 4,1 mg
Componente | QUINUA | Arroz | Milho | Trigo | Aveia | Centeio | Cevada |
Cálcio mg/g | 66.60 | 23.00 | 150.00 | 43.70 | 88.00 | 54.00 | 38.00 |
Fósforo mg/g | 408.30 | 325.00 | 256.00 | 406.00 | 253.00 | 323.00 | 376.00 |
Magnésio mg/g | 204.20 | 157.00 | 120.00 | 147.00 | 0.00 | 0.00 | 0.00 |
Potássio mg/g | 1040.00 | 150.00 | 330.00 | 502.00 | 0.00 | 0.00 | 0.00 |
Ferro mg/g | 10.90 | 2.60 | 0.00 | 3.30 | 5.30 | 5.80 | 3.70 |
Manganês mg/g | 2.21 | 1.10 | 0.48 | 3.40 | 0.00 | 0.00 | 0.00 |
Zinco mg/g | 7.47 | 0.00 | 2.50 | 4.10 | 0.00 | 0.00 | 0.00 |
Umidade % | 9.80 | 10.25 | 12.28 | 11.34 | 12.30 | 12.70 | 12.60 |
Cinza g/100g | 4.73 | 0.60 | 1.48 | 1.46 | 2.60 | 2.40 | 1.20 |
Proteína g/100g | 14.16 | 7.69 | 10.67 | 11.72 | 8.20 | 10.40 | 9.50 |
Fibra g/100g | 5.10 | 0.05 | 1.68 | 2.65 | 8.70 | 3.40 | 1.70 |
Gordura g/100g | 5.73 | 2.20 | 4.30 | 2.08 | 5.60 | 1.20 | 1.60 |
Carboidrato g/100g | 59.85 | 81.30 | 69.58 | 70.75 | 62.60 | 68.90 | 73.80 |
Fonte: Quinua Real
De nome estranho e ainda pouca popularizada, a quinoa é considerada
um alimento completo pela FAO(Organização das Nações Unidas para
Agricultura e Alimentação) por reunir vantagens tanto de cultivo quanto
nutritivas. Para começar, a quinoa é muito resistente e pode ser
cultivada em qualquer tipo de solo, inclusive os secos ou muito úmidos.
Suporta frio, calor, vento e outras adversidades naturais, podendo
servir como alimento para comunidades de baixa renda.
Entre as propriedades nutriocionais, a quinoa, apesar de ser um
cereal, não contém glutén (que em excesso pode causar problemas
intestinais e digestivos) e possui grande concentração de proteína
(contém 16 tipos de aminoácidos essenciais, ou seja, os que não são
produzidos pelo corpo humano), zinco e ferro. Por conta disso, a quinoa
tem ação cicatrizante, analgésica e antiinflatória, sendo recomendada
especialmente para vegetarianos por conseguir substituir o consumo de
carne vermelha sem prejuízo para o organismo.
As vantagens não param por aí. A quinoa também possui alto teor de
fibras, o que favorece o funcionamento do instestino, afastando o
incômodo da prisão de ventre, além de ajudar a emagrecer pois prolonga a
saciedade. Magnésio, potássio e manganês são outros minerais presentes
na quinoa, que também possui vitaminas que controlam diversas funções do
nosso metabolismo, como as vitaminas B1, B2, B3, D e E.
Indicações e preparo
Qualquer pessoa pode consumir a quinoa, mas por ser tão rica em
proteínas, além de recomendada para vegetarianos, ela também é indicada
para pessoas com hipersensibilidade ao leite e às pessoas portadoras de
doença celíaca (que não podem consumir alimentos com glutén, ou seja, os
que possum cevada, aveia, trigo e centeio). Idosos também devem
consumir quinoa, já que ela estimula o fortalecimento da imunidade
fisiológica. Por possuir ômega 3 e ômega 6, a quinoa é recomendada para
pessoas portadoras de psoríase (doença auto-imune crônica de pele) e
para atletas, antes e depois dos treinos.
Você deve estar se perguntando: e o sabor é agradável? A quinoa tem
sabor suave, quase neutro, e pode ser servida tanto como ingrediente de
alimentos doces quanto salgados. A quinoa pode complementar a salada,
pode fazer parte de receitas de doces ou acompanhar carnes e massas.
Depois de todas estas informações, você ainda tem dúvidas de que
incluir a quinoa na sua alimentação pode trazer muitos benefícios? Se
aventure no sabor da quinoa e veja o que pode trazer de bom para você e
sua família.Veja também:
Receitas Light
Por Isabelle Lindote
Autossabotagem
Os processos de autossabotagem acontecem por diversas razões. E uma
dessas razões é a tentativa inconsciente de proteger a si mesmo. Vou
explicar como isso funciona.
Imagine uma mãe que sempre fala pra filha: cuidado, os homens não prestam, são todos iguais. Todos eles traem e decepcionam. Essa menina se torna adulta e quer ter um relacionamento sério. No entanto, ela percebe que seus relacionamentos sempre dão errado de alguma forma e ela nunca consegue se realizar nessa área. Ela só se interessa por quem não se interessa por ela. Ou então, quando engata um relacionamento, ela perde o interesse rapidamente, ou ainda, acaba tendo brigas que levam ao término do relacionamento.
E pra essa mulher parece que ela tem má sorte no amor. Tudo dá errado. Tudo conspira contra. Mas, no fundo, sem perceber, ela dá um jeito de sabotar seus relacionamentos pra que realmente não deem certo. Afinal de contas, tem uma informação gravada no seu inconsciente que diz que os homens não prestam e a farão sofrer. Assim ela está apenas se protegendo. Mas essa proteção, que seria pra prevenir um sofrimento, gera outros tipos de sofrimento com a falta de realização na vida amorosa.
Uma coisa semelhante ocorre também na parte financeira. É muito comum as pessoas associarem dinheiro a coisas negativas. Dinheiro é sujo. Dinheiro corrompe. Dinheiro muda as pessoas. Dinheiro afasta do caminho espiritual. Dinheiro tira a paz interior e causa discórdia. Com essas crenças gravadas, seu inconsciente vai dar um jeito de impedir o seu progresso financeiro pra que você não tenha uma coisa que traz tantos males.
O consciente e o inconsciente travam uma batalha. Por um lado a mulher quer se casar e encontrar um bom relacionamento, esse é o seu lado racional. O lado emocional e inconsciente diz que isso é perigoso e que trará muito sofrimento. E essa parte inconsciente é muito mais ampla e profunda, tem um poder sabotador imenso. Ela vai contaminar as escolhas e a forma de interpretar o mundo pra afastar a pessoa do aparente perigo.
Com o dinheiro é a mesma coisa. Por mais que racionalmente você diga que deseja mais prosperidade, se você carrega essas crenças negativas que ligam o dinheiro a coisas ruins, o seu inconsciente, que é infinitamente mais esperto que o seu lado racional, vai dar um jeito de sabotar o seu crescimento.
Imagine agora uma pessoa que deseja ser um empreendedor, que veio pra esse mundo com essa vocação. Mas seus pais são funcionários públicos e passaram a vida inteira falando que o concurso é o único caminho seguro pra ter uma vida e renda tranquila. Esses pais sempre mostram os exemplos dos autônomos e empreendedores que se deram mal na vida. Então, essa pessoa pode sabotar suas tentativas de se tornar um empreendedor por que seu inconsciente estará tentando lhe proteger de todos os perigos de não ser um funcionário público.
O mesmo mecanismo sabotador de proteção pode acontecer também por medo da inveja. O sucesso muitas vezes está negativamente associado ao medo de atrair pessoas aproveitadores, invejosas e interesseiras. Quando alguém se destaca em qualquer coisa que seja, sempre haverá quem admire e queira ajudar, e também quem sinta inveja e queira atrapalhar o seu caminho. Então, por medo de sofrer e sendo alvo da inveja, muitas pessoas sabotam o próprio sucesso. Mais uma vez o seu inconsciente entra em ação para lhe proteger dos perigos.
A forma de se eliminar esses mecanismos é através da liberação das emoções e crenças limitantes. Só assim você desarma essas proteções inconscientes. Eu recomendo a utilização da *EFT (técnica para autolimpeza emocional, baixe o manual gratuito aqui) pra isso, por que é uma técnica simples e muito eficaz que nos ajuda a dissolver com maior facilidade a negatividade que nós carregamos.
Problemas na nossa autoestima também nos farão criar mecanismos de proteção sabotadores. Pontos fracos na autoestima nos levam a ter medo de criticas e de rejeição. Nesse caso você começa a evitar se expor, crescer, se destacar, ou simplesmente se relacionar socialmente. Assim o seu inconsciente o mantém seguro na sua zona de conforto. Em tese, isso poupa você do sofrimento, mas acaba evitando o seu desenvolvimento como pessoa.
Falando em autoestima, elaborei um teste com perguntas que farão você descobrir como está o nível da sua agora. O mais importante não é nem tanto a pontuação final que você vai obter nesse teste. O mais importante é a reflexão que cada pergunta traz. Pra fazer o teste é só acessar: Teste a Sua Autoestima. Faça agora!
*EFT - Emotional Freedom Techniques - Técnica que ensina a desbloquear a energia estagnada nos meridianos, de forma fácil, rápida e extremamente eficaz, proporcionando a cura para questões físicas emocionais. Você mesmo pode se autoaplicar o método. Para receber manual gratuito da técnica e já começar a se beneficiar, acesse este link
Imagine uma mãe que sempre fala pra filha: cuidado, os homens não prestam, são todos iguais. Todos eles traem e decepcionam. Essa menina se torna adulta e quer ter um relacionamento sério. No entanto, ela percebe que seus relacionamentos sempre dão errado de alguma forma e ela nunca consegue se realizar nessa área. Ela só se interessa por quem não se interessa por ela. Ou então, quando engata um relacionamento, ela perde o interesse rapidamente, ou ainda, acaba tendo brigas que levam ao término do relacionamento.
E pra essa mulher parece que ela tem má sorte no amor. Tudo dá errado. Tudo conspira contra. Mas, no fundo, sem perceber, ela dá um jeito de sabotar seus relacionamentos pra que realmente não deem certo. Afinal de contas, tem uma informação gravada no seu inconsciente que diz que os homens não prestam e a farão sofrer. Assim ela está apenas se protegendo. Mas essa proteção, que seria pra prevenir um sofrimento, gera outros tipos de sofrimento com a falta de realização na vida amorosa.
Uma coisa semelhante ocorre também na parte financeira. É muito comum as pessoas associarem dinheiro a coisas negativas. Dinheiro é sujo. Dinheiro corrompe. Dinheiro muda as pessoas. Dinheiro afasta do caminho espiritual. Dinheiro tira a paz interior e causa discórdia. Com essas crenças gravadas, seu inconsciente vai dar um jeito de impedir o seu progresso financeiro pra que você não tenha uma coisa que traz tantos males.
O consciente e o inconsciente travam uma batalha. Por um lado a mulher quer se casar e encontrar um bom relacionamento, esse é o seu lado racional. O lado emocional e inconsciente diz que isso é perigoso e que trará muito sofrimento. E essa parte inconsciente é muito mais ampla e profunda, tem um poder sabotador imenso. Ela vai contaminar as escolhas e a forma de interpretar o mundo pra afastar a pessoa do aparente perigo.
Com o dinheiro é a mesma coisa. Por mais que racionalmente você diga que deseja mais prosperidade, se você carrega essas crenças negativas que ligam o dinheiro a coisas ruins, o seu inconsciente, que é infinitamente mais esperto que o seu lado racional, vai dar um jeito de sabotar o seu crescimento.
Imagine agora uma pessoa que deseja ser um empreendedor, que veio pra esse mundo com essa vocação. Mas seus pais são funcionários públicos e passaram a vida inteira falando que o concurso é o único caminho seguro pra ter uma vida e renda tranquila. Esses pais sempre mostram os exemplos dos autônomos e empreendedores que se deram mal na vida. Então, essa pessoa pode sabotar suas tentativas de se tornar um empreendedor por que seu inconsciente estará tentando lhe proteger de todos os perigos de não ser um funcionário público.
O mesmo mecanismo sabotador de proteção pode acontecer também por medo da inveja. O sucesso muitas vezes está negativamente associado ao medo de atrair pessoas aproveitadores, invejosas e interesseiras. Quando alguém se destaca em qualquer coisa que seja, sempre haverá quem admire e queira ajudar, e também quem sinta inveja e queira atrapalhar o seu caminho. Então, por medo de sofrer e sendo alvo da inveja, muitas pessoas sabotam o próprio sucesso. Mais uma vez o seu inconsciente entra em ação para lhe proteger dos perigos.
A forma de se eliminar esses mecanismos é através da liberação das emoções e crenças limitantes. Só assim você desarma essas proteções inconscientes. Eu recomendo a utilização da *EFT (técnica para autolimpeza emocional, baixe o manual gratuito aqui) pra isso, por que é uma técnica simples e muito eficaz que nos ajuda a dissolver com maior facilidade a negatividade que nós carregamos.
Problemas na nossa autoestima também nos farão criar mecanismos de proteção sabotadores. Pontos fracos na autoestima nos levam a ter medo de criticas e de rejeição. Nesse caso você começa a evitar se expor, crescer, se destacar, ou simplesmente se relacionar socialmente. Assim o seu inconsciente o mantém seguro na sua zona de conforto. Em tese, isso poupa você do sofrimento, mas acaba evitando o seu desenvolvimento como pessoa.
Falando em autoestima, elaborei um teste com perguntas que farão você descobrir como está o nível da sua agora. O mais importante não é nem tanto a pontuação final que você vai obter nesse teste. O mais importante é a reflexão que cada pergunta traz. Pra fazer o teste é só acessar: Teste a Sua Autoestima. Faça agora!
*EFT - Emotional Freedom Techniques - Técnica que ensina a desbloquear a energia estagnada nos meridianos, de forma fácil, rápida e extremamente eficaz, proporcionando a cura para questões físicas emocionais. Você mesmo pode se autoaplicar o método. Para receber manual gratuito da técnica e já começar a se beneficiar, acesse este link
Fonte: Andre Lima
Ingressar em Universidades no Brasil na era do ENEM
Eu estava esses dias pela internet badalando por um blog quando vi este post sobre o sonho que virou pesadelo mas sinceramente acredito que aí houve um problema de informação.... o rapaz não estava ciente da metodologia de tal universidade argentina, nem averiguou antes de sua empreitada, quais as estruturas físicas e que tipo de suporte ele teria como aluno.... etc. E no final das contas desdenha a tudo e a todos que concluem o feito de graduar-se em Medicina.
No entanto, o que me chamou a atenção e me fez escrever este post foi um dos poucos comentários que li e concordo muito, que fala não só sobre isso mas também sobre a infeliz realidade educacional atual do nosso Brasil. Justo agora que praticamente todos os vestibulares de universidades públicas foram abolidos, ficando apenas o ENEM e suas possíveis (e passíveis) fraudes, e temos para este ano redução das vagas à metade, pois a outra metade é destinada ao sistema de COTAS, para àqueles que nele se enquadrem..... Estou vendo um grande afunilamento para o acesso ao ensino superior, mas quisera eu que este tivesse alguma qualidade. Como podemos ver... não é assim que a banda está tocando.
Vazamento de provas em 2009. Resultado: Deu em nada! Processo não foi anulado e seguimos com cara de palhaços. |
Abaixo segue a cópia dos comentários do blog do colega Maximus, aos quais eu me referia:
"Manual do Estudante 28 de junho de 2013 23:53
Acredito
que se o indivíduo conseguiu concluir sua graduação e além disso
revalidou seu diploma no Brasil ele não deve ser tratado como "gentinha
incompetente".
Anônimo 25 de abril de 2014 10:12
Perfeito
Manual do Estudante, algumas pessoas são realmente autodidatas. Eu
mesmo, perdi horas e horas em bancos da universidade, assistindo aulas
que não me levaram a nada. Teria ganhado muito mais se ficasse estudando
na biblioteca naquele horário.
No Brasil estamos acostumados a universidades que tratam o acadêmico como se estivesse no jardim da infância, com trabalhinhos para ajudar na nota.
Por outro lado, já faz muito tempo que o vestibular não é empecilho para alguém cursar medicina, e sim a capacidade de pagar cinco ou seis mil reais por mês de mensalidade, fora as demais despesas.
Sim, porque tenho visto vestibulares em que a concorrência é de 1,2/vagas, ou seja, se um ou dois desistirem, todos os outros serão aprovados.
E digo mais, diferentemente do que foi dito aqui, de que os exames na UBA são bastante rigorosos (não conheço a metodologia), no Brasil, CONHEÇO um monte de gente cursando não só medicina, mas odonto, enfermagem, fisio, entre outros cursos, que não sabem o que é uma mitocôndria, mas conseguem concluir o curso. Parece-me que os estudos dos anos do básico não existem mais. Simplesmente se ingressa na universidade já iniciam as atividades práticas, porque aqueles alunos não têm a menor compreensão de biofísica ou bioquímica por exemplo, mas todos irão se formar!
Passariam no revalida? Acho pouco provável.
Conhecimento, habilidade, aptidão, vocação, são características muito pessoais, e vestibular é muito relativo.
Minha formação não é em saúde, é jurídica, mas gostaria de falar sobre um amigo, que por não poder pagar uma universidade particular, tentou ingressar na UFPE, no curso de Direito, e não conseguiu, porque não era bom nas matérias de exatas(mat/fis/qui). Depois, resolveu arriscar a na UNICAP (Católica), Foi aprovado e conseguiu cursar graças ao antigo crédito educativo.
Pois bem, destacou-se durante a graduação e logo que se formou foi aprovado para Procurador da República, uma das carreiras almejadas no meio jurídico.
Moral da estória: o vestibular não é um critério absoluto, existem no Brasil inúmeros cursos de medicina de péssima qualidade, nem todo mundo que se forma no exterior é incompetente, o critério mais importante para se obter uma graduação nos cursos de elite no Brasil hoje em dia é a condição econômica do candidato, e não sua capacidade intelectual."
No Brasil estamos acostumados a universidades que tratam o acadêmico como se estivesse no jardim da infância, com trabalhinhos para ajudar na nota.
Por outro lado, já faz muito tempo que o vestibular não é empecilho para alguém cursar medicina, e sim a capacidade de pagar cinco ou seis mil reais por mês de mensalidade, fora as demais despesas.
Sim, porque tenho visto vestibulares em que a concorrência é de 1,2/vagas, ou seja, se um ou dois desistirem, todos os outros serão aprovados.
E digo mais, diferentemente do que foi dito aqui, de que os exames na UBA são bastante rigorosos (não conheço a metodologia), no Brasil, CONHEÇO um monte de gente cursando não só medicina, mas odonto, enfermagem, fisio, entre outros cursos, que não sabem o que é uma mitocôndria, mas conseguem concluir o curso. Parece-me que os estudos dos anos do básico não existem mais. Simplesmente se ingressa na universidade já iniciam as atividades práticas, porque aqueles alunos não têm a menor compreensão de biofísica ou bioquímica por exemplo, mas todos irão se formar!
Passariam no revalida? Acho pouco provável.
Conhecimento, habilidade, aptidão, vocação, são características muito pessoais, e vestibular é muito relativo.
Minha formação não é em saúde, é jurídica, mas gostaria de falar sobre um amigo, que por não poder pagar uma universidade particular, tentou ingressar na UFPE, no curso de Direito, e não conseguiu, porque não era bom nas matérias de exatas(mat/fis/qui). Depois, resolveu arriscar a na UNICAP (Católica), Foi aprovado e conseguiu cursar graças ao antigo crédito educativo.
Pois bem, destacou-se durante a graduação e logo que se formou foi aprovado para Procurador da República, uma das carreiras almejadas no meio jurídico.
Moral da estória: o vestibular não é um critério absoluto, existem no Brasil inúmeros cursos de medicina de péssima qualidade, nem todo mundo que se forma no exterior é incompetente, o critério mais importante para se obter uma graduação nos cursos de elite no Brasil hoje em dia é a condição econômica do candidato, e não sua capacidade intelectual."
Mas sabe o que é pior de tudo isso e o que me deixa mais triste....?
POR FAVOR ALGUÉM ME CORRIJA SE EU FALAR BOBAGENS!!!!
Mas tenho visto na prática toda essa diferença de opiniões.... ok! Cada um tem o direito de ter a sua.
Só que uns parece que não enxergam que vão com o seu discurso, contra si mesmos! Contra uma possível melhoria da Educação!
Os governos nos devem muito ainda! Uns tentam arrumar, mas não agradam a todos, outros não priorizam tanto ao setor... enfim.... e assim temos o histórico educacional que se apresenta.
Só que o mais lamentável é ver mais de perto que estudantes querem a todo custo ingressar em uma universidade de peso (federais), em especial os do curso de Medicina, e para isso pagam, literalmente o preço que for. Passam por cima de quem for para conseguir seu feito. Mandam alguém fazer a prova em seu lugar... ou ingressam com seus méritos mas depois.... sai debaixo....
Eu entendo que colar em prova.... é até "aceitável".... coisa de adolescente.... mas não acho ético e não concordo com isso.
Fico pensando que se essas criaturas querem passar ou conseguir nota a qualquer custo... perturbam professores por pontos ou décimos... e se utilizam das últimas artimanhas para saírem "ganhando"..... que tipo de profissionais serão?
É desse médico que eu corro! E tem aos montes se formando nas particulares do Brasil e, pasmem, nas Federais!
Ahhh.... quisera eu poder dizer aqui que recebo um ensino de qualidade e tenho orgulho porque estudo numa Universidade Federal.... e olha que esta é a segunda por onde passo.... e o nível não caiu.... despencou.
Mas insisto em repetir o que me deixa mais indignada: tem tanto problema em nossa volta (nós alunos) e muitos alunos como eu estão achando é bom que o curso tenha tal e tal falha, porque assim ele enquanto aluno tem menos trabalho, é menos cobrado.
E é com isso que me sinto velha e desmotivada pra estudar junto desse grupo de jovens que ingressa agora com essa mentalidade tão fresca e ao mesmo tempo tão inútil. Digo e repito: não é opinião de um, dois ou três. É da maioria.
E digo mais: isso que conto, provavelmente se for confrontado por algum professor ou coordenação de curso... será tomado como falso porque para fazer a aparência de alunos interessados, eles reclamam, mas entre eles o discurso muda. Ou são um bando de falsos ou um bando de loucos!
Ahhh e ainda lembrei do seguinte... pedem que a coordenação abra turmas específicas de férias e depois quem solicitou desiste com desculpas de ordem pessoal... bom... eu faço o possível para cumprir meus compromissos...
E por fim... este ano a universidade fez a média de provas que era de 7,0 passar para 5,0......... Preciso listar mais algum motivo........?
Agora gostaria, de verdade, que alguém que leu isto até aqui deixasse um comentário dizendo se estou tão errada assim... e se estou, pode e deve me dizer! Gosto de repensar meus valores, mas até quando tenho que passar por isso? Até quando a Educação precisa ser uma porcaria ao ponto do povo estar contra o próprio povo???
Terrorismo Alimentar
Sophie Deram não é uma nutricionista convencional. Para começar, ela é contra dietas. Para essa francesa e brasileira, doutora em Endocrinologia pela Faculdade de Medicina da USP, dietas restritivas só estressam o corpo e fazem o cérebro alterar o metabolismo e o apetite, fazendo você engordar ainda mais a longo prazo. Especialista em obesidade infantil e transtornos alimentares, Sophie, que também é chefe de cozinha, estuda neurociência e nutrigenômica - a ciência que mostra como os alimentos “conversam” com nossos genes. Ela defende uma forma libertadora de lidar com a comida: o “comer consciente”, que permite ter saúde e peso estável tendo prazer à mesa e comendo de tudo - até mesmo doces e fast food!
A senhora é uma nutricionista contra dietas?
Eu sou muito contra dieta (risos). E quanto mais eu estudo, mais fico contra. Uma das coisas que mais assusta e estressa o cérebro é fazer uma dieta muito restritiva. O cérebro a percebe como um grande perigo e vai desenvolver mecanismos de adaptação. Ele vai aumentar o seu apetite, diminuir seu metabolismo e deixar você mais obcecado por alimento.
É por isso que tantos voltam a engordar?
A curto prazo, a dieta vai funcionar. Só que o cérebro vai desenvolver mecanismos de adaptação, vai ‘ligar’ os genes do apetite e do armazenamento de gordura. A ciência mostra que 90% a 95% das pessoas que fazem uma dieta muito restritiva voltam a engordar, não só tudo de novo, mas ainda mais. Pelo menos 30% de quem faz dieta engorda mais do que perdeu com ela. O interessante é que, depois de uma dieta, o apetite de uma pessoa aumenta por até um ano após ela ter voltado a comer normalmente. E o risco de desenvolver compulsão é até 18 vezes maior depois de uma dieta restritiva. Os maiores transtornos alimentares (como bulimia e anorexia) que a gente trata começaram com uma dieta.
Então, qual a solução?
Primeiro, não enxergar o peso como a causa do problema, para não trabalhar só sobre a consequência. É preciso entender porque você engordou. Pode ser emocional, por fazer dieta, por comer de maneira não muito saudável, pode ser um medicamento que você está tomando ou uma fase de vida – a menopausa e pré-menopausa, por exemplo, são momentos muito sensíveis para a mulher.
O que é o “terrorismo nutricional” que a senhora afirma que vivemos?
Hoje estamos focando no alimento de um jeito muito simplificado: ou o alimento é bom ou é ruim. Esse engorda e aquele emagrece. Não existe isso. Nenhum alimento por si só vai fazer engordar ou emagrecer. Quando você só foca nas calorias e nos alimentos, você esquece de escutar o seu corpo. Você não responde mais à fome ou à saciedade. Você só responde com terrorismo ao que você está comendo. Comer vira uma coisa estressante. E uma culpa.
Dá para acabar com essa culpa?
Uma das coisas que eu trabalho muito no consultório é recuperar a sensação de fome e saciedade e o comer sem culpa. Nosso corpo é totalmente habituado a todo tipo de alimento. Claro que algumas pessoas têm problemas ou alergias, e isso tem que ser tratado. Mas colocar uma população inteira sem açúcar, sem glúten ou sem lactose é uma loucura! O terrorismo é esse: cada vez mais as pessoas não sabem o que comer. Acham que controlando o que elas estão comendo vão emagrecer. Na verdade, estão cada vez mais estressadas e com maior risco de ganho de peso.
Mas há dietas restritivas famosas que cortam glúten ou proteína e dão certo. Também não são recomendadas?
Para uma pessoa que tem doença celíaca, eu vou recomendar uma dieta sem glúten. Mas para uma pessoa que está bem, só porque ela quer perder peso, isso afeta muito a sua relação com os alimentos. Vira um inferno. Tirar o glúten é uma coisa muito difícil, muito estressante. Claro que a pessoa vai perder peso, e é por isso que está na moda. Só que, infelizmente, isso só aumenta aquele terrorismo nutricional. Em geral, cortar um grupo alimentar não é adequado. Somos onívoros, ou seja, animais que comem de tudo. Quando você corta um grupo alimentar, você assusta o seu corpo. Ele vai desenvolver adaptações que podem fazer você engodar mais a longo prazo.
Por que é tão importante acabar com essa culpa ao comer?
Quando você está com muita culpa, sofrendo muito terrorismo nutricional, você pode engordar, porque está estressado, em desequilíbrio diante da alimentação. Isso pode afetar o cérebro e “ligar” genes que vão fazer você engordar mais. Mas é bom lembrar que tem obesos que comem superbem. É bom não fazer discriminação. Pode ser um estresse na vida que aciona um mecanismo de proteção. A gordura era uma proteção contra a falta de alimentos e o nosso cérebro ainda pensa assim. Se você estressa muito o seu corpo, se fica sem comer, se corta carboidrato, ele reage aumentando a produção de gordura. Quando você está comendo com prazer, sem culpa, você come menos porque vai ficar satisfeito e não engole a comida. E também vai ter uma digestão diferente do que se comer com rapidez, com culpa, com estresse.
A senhora é contra os produtos light e diet?
Não sou contra. O que eu acho importante é mostrar que eles não são necessariamente interessantes para emagrecer. Para fazer produtos light e diet, a indústria fez uma troca. Tiraram parte da gordura, o que deixa ele sem gosto, e colocaram carboidratos. Açúcar, amido modificado, xarope de açúcar, todos esses carboidratos, dão bastante prazer no cérebro. A gordura tem 9 calorias por grama, mas o açúcar só 4. Então, o produto fica com menos calorias, mas não necessariamente mais interessante do ponto de vista da saciedade. E também pode ter um efeito diferente no metabolismo.
Então seria melhor comer algo que você goste em porções menores?
- Na dúvida, o é melhor pegar o alimento mais ‘in natura’ possível. Não estou dizendo orgânico, estou dizendo mais natural. Em vez de comer o iogurte light ou diet de morando, por exemplo, a opção que eu acho mais saudável seria o iogurte natural junto com o morango e um pouquinho de açúcar. É um alimento mais verdadeiro.
Primeiro, é preciso ter excesso de peso e nem todo mundo tem. Pessoas que estão com peso saudável e que querem emagrecer mais vão assustar o corpo. Essa preocupação de emagrecer é muito exagerada hoje. As pessoas estão muito focadas nisso. É “bom dia, você emagreceu” ou “você engordou”. Antes se falava do tempo! Uma pena. Mas uma pessoa que tem sobrepeso precisa saber que não há uma solução só. As dietas hoje dão a mesma solução para todo mundo. Isso não dá certo. Cada um tem um metabolismo, uma história, uma razão diferente para o sobrepeso. Mas uma dica interessante é essa: comer mais alimentos verdadeiros.
Ou seja, menos industrializado.
Isso, menos industrializados. E não estou dizendo que sou contra alimentos industrializados. Sou engenheira agrônoma, trabalhei em indústria, e acho que eles ajudam muito no dia a dia. Mas, quando puder, cozinhe, prepare o prato em casa, coma alimentos que vêm da natureza e tente evitar essa preocupação de dieta. Isso está fazendo com que ninguém coma junto. Sei de pessoas que levam marmita para eventos sociais. A gente está cada vez mais com esse terrorismo da nutrição. Se você volta a comer alimentos verdadeiros, para os quais a gente foi adaptado, você não deveria ter essa preocupação de calorias, de engordar. O que você deveria ter é uma consciência maior de como está se sentindo. Estou com fome? Vou comer. Estou sem fome? Vou parar de comer! Alguém que está respondendo bem a essas perguntas chega a um peso saudável. É o que em inglês se chama “mindful eating”, o comer consciente. É um bom jeito de emagrecer de maneira suave e para a vida inteira.
O comportamento alimentar é tão importante quanto o que se come?
O “mindful eating” é totalmente isso. Pesquisas com crianças mostram que se você cuidar mais do ambiente, sem falar do que ela está comendo, ela vai ter menos risco de engordar. Não é só o que você come. É também como você está comendo. Ter um comportamento adequado à fome é comer de maneira consciente. E se, ainda, você consegue comer com prazer e sem culpa, você será supersaudável. E comer com prazer não é comer com gula. É diferente. Não é liberar tudo. É comer devagar, o alimento que você gosta, saboreando e sem estresse.
Comer fora é mais difícil...
Na rua, a tentação é grande. Então também temos que comer devagar para perceber quando estamos satisfeitos. E quando isso acontecer antes do fim do prato, não precisa comer a porção inteira. Escute o corpo. Não é só porque está pagando um preço fixo, numa churrascaria, que você tem que se entupir de comida. Aproveite o momento com os amigos, converse, sinta o alimento. Não existe nenhum alimento ruim. O que existe são alimentos mais interessantes do que outros.
Hoje, muita gente se diz viciada em doces e fast food. Como elas podem comer de forma mais saudável?
Primeiro, se conscientizar de que esse vício é real. Esses alimentos focam no nosso cérebro e podem viciar mesmo. Mas é possível mudar. Não fazendo dieta restritiva. O que eu aconselho é incluir, cada vez mais, alimentos verdadeiros. Eu nunca retiro alimentos de ninguém porque isso é muito frustrante. O que trabalho é uma atitude positiva. Pode comer de tudo, mas inclua mais legumes, mais arroz, mais feijão. Tome mais água, evite o excesso de bebidas doces, tanto refrigerantes quanto sucos. E aí a pessoa, sozinha, consegue se livrar desse vício. Tenho pacientes adolescentes que saíram da obesidade sem deixar de ir ao Mc Donald’s com os amigos. Isso faz parte da vida do adolescente. É um erro tirar isso dele. Mas quando você inclui os alimentos verdadeiros, automaticamente, você vai comer menos dos outros.
Fonte: Sophie Deram
Fitoterápico evita HIV tipo 1
O extrato de uma espécie de gerânio inativou o vírus da AIDS tipo 1 (HIV-1), evitando que o vírus invadisse células humanas.
O extrato foi tirado das raízes do gerânio sul-africano (Pelargonium sidoides), uma planta medicinal com conhecidos efeitos antibacterianos, expectorante e estimulante imunológico.
A descoberta de sua ação radical contra o HIV-1 foi publicada na revista científica PLoS ONE por uma equipe do Centro Helmholtz de Munique (Alemanha).
Os extratos coletados a partir da raiz do gerânio contêm compostos
que atacaram o HIV-1, evitando a replicação do vírus em células humanas
em cultura.
O extrato bloqueou a ligação das partículas virais às células
hospedeiras, impedindo, de forma eficaz, que o vírus invadisse as
células.
Análises químicas revelaram que o efeito antiviral do extrato de gerânio é mediado por polifenóis.
Os extratos polifenólicos isolados da raiz do gerânio também
apresentaram a atividade anti-HIV-1, mas são ainda menos tóxicos para as
células do que o extrato bruto retirado da raiz da planta.
Fitoterápico contra a AIDS
"Os extratos da Pelargonium sidoides são uma rota muito
promissora para o desenvolvimento do primeiro fitoterápico
cientificamente validado contra o HIV-1. Os extratos atacam o HIV-1 com
um modo de ação que é diferente de qualquer medicamento anti-HIV-1 em
uso clínico. Portanto, um fitoterápico baseado no gerânio pode ser um
complemento valioso para as terapias anti-HIV estabelecidas," disse a
Dra. Ruth Brack-Werner, membro da equipe de pesquisa.
"Além disso, extratos da Pelargonium sidoides são fortes
candidatos para melhorar as opções terapêuticas anti-HIV-1 em contextos
de recursos limitados, uma vez que eles são fáceis de produzir e não
necessitam de refrigeração. Os resultados do nosso estudo e a segurança
comprovada dos extratos de Pelargonium sidoides encorajam seu teste em indivíduos infectados com o HIV-1 como o próximo passo," concluiu a pesquisadora.
Fonte: Diário da Saúde
Motivação
Copiado integralmente do blog A vida simples assim, pq eu adorei, mas segue abaixo o texto completo:
A revista Isto é publicou esta entrevista por Camilo Vanucci, gostei e resolvi compartilhar.
O entrevistado é Roberto Shinyashiki, médico psiquiatra, com Pós-Graduação em administração de empresas pela USP, consultor organizacional e conferencista de renome nacional e internacional.
Em “Heróis de Verdade”, o escritor combate a supervalorização das Aparências, diz que falta ao Brasil competência, e não auto-estima.
ISTOÉ – QUEM SÃO OS HERÓIS DE VERDADE?
Roberto Shinyashiki — Nossa sociedade ensina que, para ser uma pessoa de sucesso, você precisa ser diretor de uma multinacional, ter carro importado, viajar de primeira classe.
O mundo define que poucas pessoas deram certo. Isso é uma loucura.
Para cada diretor de empresa, há milhares de funcionários que não chegaram a ser gerentes.
E essas pessoas são tratadas como uma multidão de fracassados.
Quando olha para a própria vida, a maioria se convence de que não valeu a pena porque não conseguiu ter o carro nem a casa maravilhosa.
Para mim, é importante que o filho da moça que trabalha na minha casa possa se orgulhar da mãe. O mundo precisa de pessoas mais simples e transparentes.
Heróis de verdade são aqueles que trabalham para realizar seus projetos de vida, e não para impressionar os outros.
São pessoas que sabem pedir desculpas e admitir que erraram.
ISTOÉ — O SR. CITARIA EXEMPLOS?
Shinyashiki — Quando eu nasci, minha mãe era empregada doméstica e meu pai, órfão aos sete anos,empregado em uma farmácia .
Morávamos em um bairro miserável em São Vicente (SP) chamado Vila Margarida. Eles são meus heróis.
Conseguiram criar seus quatro filhos, que hoje estão bem.
Acho lindo quando o Cafu põe uma camisa em que está escrito “100% Jardim Irene”.
É pena que a maior parte das pessoas esconda suas raízes.
O resultado é um mundo vítima da depressão, doença que acomete hoje 10% da população americana.
Em países como Japão, Suécia e Noruega, há mais suicídio do que homicídio. Por que tanta gente se mata?
Parte da culpa está na depressão das aparências, que acomete a mulher que, embora não ame mais o marido, mantém o casamento, ou o homem que passa décadas em um emprego que não o faz se sentir realizado, mas o faz se sentir seguro.
ISTOÉ — Qual o resultado disso?
Shinyashiki — Paranóia e depressão cada vez mais precoces.
O pai quer preparar o filho para o futuro e mete o menino em aulas de inglês, informática e mandarim.
Aos nove ou dez anos a depressão aparece.
A única coisa que prepara uma criança para o futuro é ela poder ser criança.
Com a desculpa de prepará-los para o futuro, os malucos dos pais estão roubando a infância dos filhos.
Essas crianças serão adultos inseguros e terão discursos hipócritas.
Aliás, a hipocrisia já predomina no mundo corporativo.
ISTOÉ – Por quê?
Shinyashiki — O mundo corporativo virou um mundo de faz-de-conta, a começar pelo processo de recrutamento.
É contratado o sujeito com mais marketing pessoal.
As corporações valorizam mais a auto-estima do que a competência.
Sou presidente da Editora Gente e entrevistei uma moça que respondia todas as minhas perguntas com uma ou duas palavras.
Disse que ela não parecia demonstrar interesse. Ela me respondeu estar muito interessada, mas, como falava pouco, pediu que eu pesasse o desempenho dela, e não a conversa.
Até porque ela era candidata a um emprego na contabilidade, e não de relações públicas. Contratei-a na hora.
Num processo clássico de seleção, ela não passaria da primeira etapa.
ISTOÉ — Há um script estabelecido?
Shinyashiki — Sim. Quer ver uma pergunta estúpida feita por um Presidente de multinacional no programa O aprendiz ?
“Qual é seu defeito?”
Todos respondem que o defeito é não pensar na vida pessoal:
“Eu mergulho de cabeça na empresa.
Preciso aprender a relaxar”.
É exatamente o que o Chefe quer escutar.
Por que você acha que nunca alguém respondeu ser desorganizado ou esquecido?
É contratado quem é bom em conversar, em fingir. Da mesma forma, na maioria das vezes, são promovidos aqueles que fazem o jogo do poder.
O vice-presidente de uma as maiores empresas do planeta me disse:
” Sabe, Roberto, ninguém chega à vice-presidência sem mentir”.
Isso significa que quem fala a verdade não chega a diretor?
ISTOÉ — Temos um modelo de gestão que premia pessoas mal preparadas?
Shinyashiki — Ele cria pessoas arrogantes, que não têm a humildade de se preparar, que não têm capacidade de ler um livro até o fim e não se preocupam com o conhecimento.
Muitas equipes precisam de motivação, mas o maior problema no Brasil é competência.
CUIDADO COM OS BURROS MOTIVADOS.
Há muita gente motivada fazendo besteira.
Não adianta você assumir uma função para a qual não está preparado.
Fui cirurgião e me orgulho de nunca um paciente ter morrido na minha mão.
Mas tenho a humildade de reconhecer que isso nunca aconteceu graças a meus chefes, que foram sábios em não me dar um caso para o qual eu não estava preparado.
Hoje, o garoto sai da faculdade achando que sabe fazer uma neurocirurgia.
O Brasil se tornou incompetente e não acordou para isso.
ISTOÉ — Está sobrando auto-estima?
Shinyashiki — Falta às pessoas a verdadeira auto-estima.
Se eu preciso que os outros digam que sou o melhor, minha auto-estima está baixa.
Antes, o ter conseguia substituir o ser.
O cara mal-educado dava uma gorjeta alta para conquistar o respeito do garçom.
Hoje, como as pessoas não conseguem nem ser nem ter, o objetivo de vida se tornou parecer.
As pessoas parecem que sabem, parece que fazem, parece que acreditam.
E poucos são humildes para confessar que não sabem.
Há muitas mulheres solitárias no Brasil que preferem dizer que é melhor assim.
Embora a auto-estima esteja baixa, fazem pose de que está tudo bem.
ISTOÉ — Por que nos deixamos levar por essa necessidade de sermos perfeitos em tudo e de valorizar a aparência?
Shinyashiki — Isso vem do vazio que sentimos. A gente continua valorizando os heróis.
Quem vai salvar o Brasil? O Lula.
Quem vai salvar o time? O técnico.
Quem vai salvar meu casamento? O terapeuta.
O problema é que eles não vão salvar nada! Tive um professor de filosofia que dizia:
“Quando você quiser entender a essência do ser
humano, imagine a rainha Elizabeth com uma crise de diarréia durante um jantar no Palácio de Buckingham”.
Pode parecer incrível, mas a rainha Elizabeth também tem diarréia.
Ela certamente já teve dor de dente, já chorou de tristeza, já fez coisas que não deram certo.
A gente tem de parar de procurar super-heróis. Porque se o super-herói não segura a onda, todo mundo o considera um fracassado.
ISTOÉ — O conceito muda quando a expectativa não se comprova?
Shinyashiki — Exatamente.
A gente não é super-herói nem superfracassado. A gente acerta, erra, tem dias de alegria e dias de tristeza. Não há nada de errado nisso.
Hoje, as pessoas estão questionando o Lula em parte porque acreditavam que ele fosse mudar
suas vidas e se decepcionaram.
A crise será positiva se elas entenderem que a responsabilidade pela própria vida é delas.
ISTOÉ — Muitas pessoas acham que é fácil para o Roberto Shinyashiki dizer essas coisas, já que ele é bem-sucedido. O senhor tem defeitos?
Shinyashiki — Tenho minhas angústias e inseguranças.
Mas aceitá-las faz minha vida fluir facilmente.
Há várias coisas que eu queria e não consegui.
Jogar na Seleção Brasileira, tocar nos Beatles (risos).
Meu filho mais velho nasceu com uma doença cerebral e hoje tem 25 anos.
Com uma criança especial, eu aprendi que ou eu a amo do jeito que ela é ou vou massacrá-la o resto da vida para ser o filho que eu gostaria que fosse.
Quando olho para trás, vejo que 60% das coisas que fiz deram certo.
O resto foram apostas e erros.
Dia desses apostei na edição de um livro que não deu certo.
Um amigão me perguntou:
” Quem decidiu publicar esse livro?”
Eu respondi que tinha sido eu. O erro foi meu.
Não preciso mentir.
ISTOÉ – Como as pessoas podem se livrar dessa tirania da aparência?
Shinyashiki — O primeiro passo é pensar nas coisas que fazem as pessoas cederem a essa tirania e tentar evitá-las.
São três fraquezas.
A primeira é precisar de aplauso, a segunda é precisar se sentir amada e a terceira é buscar segurança.
Os Beatles foram recusados por gravadoras e nem por isso desistiram.
Hoje, o erro das escolas de música é definir o estilo do aluno.
Elas ensinam a tocar como o Steve Vai, o B. B. King ou o Keith Richards.
Os MBAs têm o mesmo problema: ensinam os alunos a serem covers do Bill Gates.
O que as escolas deveriam fazer é ajudar o aluno a desenvolver suas próprias potencialidades.
ISTOÉ — Muitas pessoas têm buscado sonhos que não são seus?
Shinyashiki — A sociedade quer definir o que é certo.
São quatro loucuras da sociedade.
A primeira é instituir que todos têm de ter
sucesso, como se ele não tivesse significados individuais.
A segunda loucura é: Você tem de estar feliz todos os dias.
A terceira é: Você tem que comprar tudo o que puder.
O resultado é esse consumismo absurdo.
Por fim, a quarta loucura:
Você tem de fazer as coisas do jeito certo.
Jeito certo não existe!
Não há um caminho único para se fazer as coisas. As metas são interessantes para o sucesso, mas não para a felicidade.
Felicidade não é uma meta, mas um estado de espírito.
Tem gente que diz que não será feliz enquanto não casar, enquanto outros se dizem infelizes justamente por causa do casamento.
Você pode ser feliz tomando sorvete, ficando em casa com a família ou com amigos verdadeiros, levando os filhos para brincar ou indo a praia ou ao cinema.
Quando era recém-formado em São Paulo,
trabalhei em um hospital de pacientes terminais. Todos os dias morriam nove ou dez pacientes.
Eu sempre procurei conversar com eles na hora da morte.
A maior parte pega o médico pela camisa e diz:
“Doutor, não me deixe morrer.
Eu me sacrifiquei a vida inteira, agora eu quero aproveitá-la e ser feliz”.
Eu sentia uma dor enorme por não poder fazer nada.
Ali eu aprendi que a felicidade é feita de coisas pequenas.
Ninguém na hora da morte diz se arrepender por não ter aplicado o dinheiro em imóveis ou ações, mas sim de ter esperado muito tempo ou perdido várias oportunidades para aproveitar a vida .
Segue link para matéria: Revista Isto É
A revista Isto é publicou esta entrevista por Camilo Vanucci, gostei e resolvi compartilhar.
O entrevistado é Roberto Shinyashiki, médico psiquiatra, com Pós-Graduação em administração de empresas pela USP, consultor organizacional e conferencista de renome nacional e internacional.
Em “Heróis de Verdade”, o escritor combate a supervalorização das Aparências, diz que falta ao Brasil competência, e não auto-estima.
ISTOÉ – QUEM SÃO OS HERÓIS DE VERDADE?
Roberto Shinyashiki — Nossa sociedade ensina que, para ser uma pessoa de sucesso, você precisa ser diretor de uma multinacional, ter carro importado, viajar de primeira classe.
O mundo define que poucas pessoas deram certo. Isso é uma loucura.
Para cada diretor de empresa, há milhares de funcionários que não chegaram a ser gerentes.
E essas pessoas são tratadas como uma multidão de fracassados.
Quando olha para a própria vida, a maioria se convence de que não valeu a pena porque não conseguiu ter o carro nem a casa maravilhosa.
Para mim, é importante que o filho da moça que trabalha na minha casa possa se orgulhar da mãe. O mundo precisa de pessoas mais simples e transparentes.
Heróis de verdade são aqueles que trabalham para realizar seus projetos de vida, e não para impressionar os outros.
São pessoas que sabem pedir desculpas e admitir que erraram.
ISTOÉ — O SR. CITARIA EXEMPLOS?
Shinyashiki — Quando eu nasci, minha mãe era empregada doméstica e meu pai, órfão aos sete anos,empregado em uma farmácia .
Morávamos em um bairro miserável em São Vicente (SP) chamado Vila Margarida. Eles são meus heróis.
Conseguiram criar seus quatro filhos, que hoje estão bem.
Acho lindo quando o Cafu põe uma camisa em que está escrito “100% Jardim Irene”.
É pena que a maior parte das pessoas esconda suas raízes.
O resultado é um mundo vítima da depressão, doença que acomete hoje 10% da população americana.
Em países como Japão, Suécia e Noruega, há mais suicídio do que homicídio. Por que tanta gente se mata?
Parte da culpa está na depressão das aparências, que acomete a mulher que, embora não ame mais o marido, mantém o casamento, ou o homem que passa décadas em um emprego que não o faz se sentir realizado, mas o faz se sentir seguro.
ISTOÉ — Qual o resultado disso?
Shinyashiki — Paranóia e depressão cada vez mais precoces.
O pai quer preparar o filho para o futuro e mete o menino em aulas de inglês, informática e mandarim.
Aos nove ou dez anos a depressão aparece.
A única coisa que prepara uma criança para o futuro é ela poder ser criança.
Com a desculpa de prepará-los para o futuro, os malucos dos pais estão roubando a infância dos filhos.
Essas crianças serão adultos inseguros e terão discursos hipócritas.
Aliás, a hipocrisia já predomina no mundo corporativo.
ISTOÉ – Por quê?
Shinyashiki — O mundo corporativo virou um mundo de faz-de-conta, a começar pelo processo de recrutamento.
É contratado o sujeito com mais marketing pessoal.
As corporações valorizam mais a auto-estima do que a competência.
Sou presidente da Editora Gente e entrevistei uma moça que respondia todas as minhas perguntas com uma ou duas palavras.
Disse que ela não parecia demonstrar interesse. Ela me respondeu estar muito interessada, mas, como falava pouco, pediu que eu pesasse o desempenho dela, e não a conversa.
Até porque ela era candidata a um emprego na contabilidade, e não de relações públicas. Contratei-a na hora.
Num processo clássico de seleção, ela não passaria da primeira etapa.
ISTOÉ — Há um script estabelecido?
Shinyashiki — Sim. Quer ver uma pergunta estúpida feita por um Presidente de multinacional no programa O aprendiz ?
“Qual é seu defeito?”
Todos respondem que o defeito é não pensar na vida pessoal:
“Eu mergulho de cabeça na empresa.
Preciso aprender a relaxar”.
É exatamente o que o Chefe quer escutar.
Por que você acha que nunca alguém respondeu ser desorganizado ou esquecido?
É contratado quem é bom em conversar, em fingir. Da mesma forma, na maioria das vezes, são promovidos aqueles que fazem o jogo do poder.
O vice-presidente de uma as maiores empresas do planeta me disse:
” Sabe, Roberto, ninguém chega à vice-presidência sem mentir”.
Isso significa que quem fala a verdade não chega a diretor?
ISTOÉ — Temos um modelo de gestão que premia pessoas mal preparadas?
Shinyashiki — Ele cria pessoas arrogantes, que não têm a humildade de se preparar, que não têm capacidade de ler um livro até o fim e não se preocupam com o conhecimento.
Muitas equipes precisam de motivação, mas o maior problema no Brasil é competência.
CUIDADO COM OS BURROS MOTIVADOS.
Há muita gente motivada fazendo besteira.
Não adianta você assumir uma função para a qual não está preparado.
Fui cirurgião e me orgulho de nunca um paciente ter morrido na minha mão.
Mas tenho a humildade de reconhecer que isso nunca aconteceu graças a meus chefes, que foram sábios em não me dar um caso para o qual eu não estava preparado.
Hoje, o garoto sai da faculdade achando que sabe fazer uma neurocirurgia.
O Brasil se tornou incompetente e não acordou para isso.
ISTOÉ — Está sobrando auto-estima?
Shinyashiki — Falta às pessoas a verdadeira auto-estima.
Se eu preciso que os outros digam que sou o melhor, minha auto-estima está baixa.
Antes, o ter conseguia substituir o ser.
O cara mal-educado dava uma gorjeta alta para conquistar o respeito do garçom.
Hoje, como as pessoas não conseguem nem ser nem ter, o objetivo de vida se tornou parecer.
As pessoas parecem que sabem, parece que fazem, parece que acreditam.
E poucos são humildes para confessar que não sabem.
Há muitas mulheres solitárias no Brasil que preferem dizer que é melhor assim.
Embora a auto-estima esteja baixa, fazem pose de que está tudo bem.
ISTOÉ — Por que nos deixamos levar por essa necessidade de sermos perfeitos em tudo e de valorizar a aparência?
Shinyashiki — Isso vem do vazio que sentimos. A gente continua valorizando os heróis.
Quem vai salvar o Brasil? O Lula.
Quem vai salvar o time? O técnico.
Quem vai salvar meu casamento? O terapeuta.
O problema é que eles não vão salvar nada! Tive um professor de filosofia que dizia:
“Quando você quiser entender a essência do ser
humano, imagine a rainha Elizabeth com uma crise de diarréia durante um jantar no Palácio de Buckingham”.
Pode parecer incrível, mas a rainha Elizabeth também tem diarréia.
Ela certamente já teve dor de dente, já chorou de tristeza, já fez coisas que não deram certo.
A gente tem de parar de procurar super-heróis. Porque se o super-herói não segura a onda, todo mundo o considera um fracassado.
ISTOÉ — O conceito muda quando a expectativa não se comprova?
Shinyashiki — Exatamente.
A gente não é super-herói nem superfracassado. A gente acerta, erra, tem dias de alegria e dias de tristeza. Não há nada de errado nisso.
Hoje, as pessoas estão questionando o Lula em parte porque acreditavam que ele fosse mudar
suas vidas e se decepcionaram.
A crise será positiva se elas entenderem que a responsabilidade pela própria vida é delas.
ISTOÉ — Muitas pessoas acham que é fácil para o Roberto Shinyashiki dizer essas coisas, já que ele é bem-sucedido. O senhor tem defeitos?
Shinyashiki — Tenho minhas angústias e inseguranças.
Mas aceitá-las faz minha vida fluir facilmente.
Há várias coisas que eu queria e não consegui.
Jogar na Seleção Brasileira, tocar nos Beatles (risos).
Meu filho mais velho nasceu com uma doença cerebral e hoje tem 25 anos.
Com uma criança especial, eu aprendi que ou eu a amo do jeito que ela é ou vou massacrá-la o resto da vida para ser o filho que eu gostaria que fosse.
Quando olho para trás, vejo que 60% das coisas que fiz deram certo.
O resto foram apostas e erros.
Dia desses apostei na edição de um livro que não deu certo.
Um amigão me perguntou:
” Quem decidiu publicar esse livro?”
Eu respondi que tinha sido eu. O erro foi meu.
Não preciso mentir.
ISTOÉ – Como as pessoas podem se livrar dessa tirania da aparência?
Shinyashiki — O primeiro passo é pensar nas coisas que fazem as pessoas cederem a essa tirania e tentar evitá-las.
São três fraquezas.
A primeira é precisar de aplauso, a segunda é precisar se sentir amada e a terceira é buscar segurança.
Os Beatles foram recusados por gravadoras e nem por isso desistiram.
Hoje, o erro das escolas de música é definir o estilo do aluno.
Elas ensinam a tocar como o Steve Vai, o B. B. King ou o Keith Richards.
Os MBAs têm o mesmo problema: ensinam os alunos a serem covers do Bill Gates.
O que as escolas deveriam fazer é ajudar o aluno a desenvolver suas próprias potencialidades.
ISTOÉ — Muitas pessoas têm buscado sonhos que não são seus?
Shinyashiki — A sociedade quer definir o que é certo.
São quatro loucuras da sociedade.
A primeira é instituir que todos têm de ter
sucesso, como se ele não tivesse significados individuais.
A segunda loucura é: Você tem de estar feliz todos os dias.
A terceira é: Você tem que comprar tudo o que puder.
O resultado é esse consumismo absurdo.
Por fim, a quarta loucura:
Você tem de fazer as coisas do jeito certo.
Jeito certo não existe!
Não há um caminho único para se fazer as coisas. As metas são interessantes para o sucesso, mas não para a felicidade.
Felicidade não é uma meta, mas um estado de espírito.
Tem gente que diz que não será feliz enquanto não casar, enquanto outros se dizem infelizes justamente por causa do casamento.
Você pode ser feliz tomando sorvete, ficando em casa com a família ou com amigos verdadeiros, levando os filhos para brincar ou indo a praia ou ao cinema.
Quando era recém-formado em São Paulo,
trabalhei em um hospital de pacientes terminais. Todos os dias morriam nove ou dez pacientes.
Eu sempre procurei conversar com eles na hora da morte.
A maior parte pega o médico pela camisa e diz:
“Doutor, não me deixe morrer.
Eu me sacrifiquei a vida inteira, agora eu quero aproveitá-la e ser feliz”.
Eu sentia uma dor enorme por não poder fazer nada.
Ali eu aprendi que a felicidade é feita de coisas pequenas.
Ninguém na hora da morte diz se arrepender por não ter aplicado o dinheiro em imóveis ou ações, mas sim de ter esperado muito tempo ou perdido várias oportunidades para aproveitar a vida .
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